domingo, 19 de fevereiro de 2006

POLÍCIA FEDERAL VAI INDICIAR 18 GRANDES BANCOS BRASILEIROS POR EVASÃO DE DIVISAS

A Polícia Federal vai abrir inquérito para indiciar os administradores de 18 bancos que operam no País. A lista vai incluir responsáveis por algumas das maiores instituições financeiras do País, como Bradesco/BCN, Itaú e Unibanco, Banco do Brasil, Santander, CitiBank e BankBoston. A Polícia Federal, com base em relatórios feitos pelo Banco Central, e nas suas próprias investigações, levantou que esses bancos se envolveram com uma rede internacional de doleiros para beneficiar clientes. Também vão ser indiciados pela Polícia Federal os bancos ABN-Amro, Pactual, Lloyds, Merril Lynch, Rural, Schanin, Pine, Banrisul, Bic e Sofisa. As movimentações suspeitas e sob investigação podem chegar a US$ 8 bilhões, e abrangem o período entre 1997 e 2003. Esses bancos usaram 78 contas de doleiros, muitos deles já presos, para movimentar dinheiro de seus clientes fora do Brasil. O indiciamento é resultado de investigação que começou há vários anos e que resultou na descoberta, em 2003, dos detalhes das movimentações da conta Beacon Hill, operada por dezenas de doleiros. Com base nas informações da instituição americana e de suas várias subcontas, a Polícia Federal chegou aos bancos responsáveis por essas movimentações e produziu algumas listas com os nomes das pessoas físicas e empresas donas do dinheiro.

SURGE MAIS UM DEPUTADO FEDERAL ACUSADO DE PARTICIPAR DO MENSALÃO


O deputado federal Nilton Baiano (PP-ES) é o novo acusado pela CPI dos Correios de ser participante do mensalão. Seu assessor de imprensa, Renato Paolielo, recebeu R$ 100 mil da corretora Euro, em 28 de julho de 2004, quando Baiano concorria à prefeitura de Vitória. A Euro, em 2004, deu um prejuízo de R$ 8 milhões ao fundo de pensão dos funcionários públicos das empresas nucleares (Núcleos). Foram onze operações consideradas irregulares em que a corretora, em um mesmo dia, comprava mais barato títulos do Tesouro Nacional e os revendia a Núcleos a preço mais elevado.

domingo, 12 de fevereiro de 2006

JOSÉ DIRCEU REAPARECE COM POMPA EM BRASÍLIA, POSANDO DE GURU POLÍTICO EM ENTREVISTA PARA NOBLAT (1)

O ex-todo-poderoso chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu, o amigo de Waldomiro Diniz, reapareceu em Brasília por três dias, e pontificou como grande guru político, em uma longa entrevista que deu para o jornalista Ricardo Noblat (http://noblat1.estadao.com.br). Do alto de sua sabedoria política, ele decretou: “A chave da próxima eleição presidencial é o PMDB. Se Lula e o PT tiverem cabeça, se aliarão ao PMDB para vencer e governar depois”. Durante dois dias em Brasília, José Dirceu moveu-se como se estivesse em casa. Despachou com ministros, senadores, deputados e representantes de movimentos sociais, em um total de 15 reuniões. E fez uma palestra a convite do PT brasiliense para seus militantes, na noite da quarta-feira passada, que durou três horas. Haja paciência, ouvir José Dirceu por três horas!!!!! Na manhã deste sábado embarcou para passar o fim de semana, onde vai pontificar mais um tanto: “O PT tem dois bons nomes para o governo de São Paulo, a Marta Suplicy e o Aloizio Mercadante. Mas eu, pessoalmente, estou engajado na campanha da Marta”. Tudo isso ele revelou, pachorrentamente, refestelado em uma mesa de canto, fumando um charuto cubano, do restaurante Piantella, em Brasília, que pertence ao seu diletíssimo amigo Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado famoso na capital federal por sua advocacia administrativa e auricular. Foi ele que conseguiu soltar o banqueiro Salvatore Cacciola que, em seguida fugiu para a Itália.

JOSÉ DIRCEU REAPARECE COM POMPA EM BRASÍLIA, POSANDO DE GURU POLÍTICO EM ENTREVISTA PARA NOBLAT (2)

Como o PT não consegue governar Estados importantes, o Rasputin petista defende que o partido deve apoiar candidatos do PMDB aos governos de nove Estados em troca do apoio do PMDB à reeleição de Lula: “Podemos (‘podemos’ quem?!!!) apoiar candidatos do PMDB em Estados como Amazonas, Pará, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo Goiás, Paraná e Santa Catarina, pelo menos”. Magnânino, entre uma e outra baforada de seu legítimo havana, ele indaga, como se falasse consigo mesmo: “Mas será que o PT estará disposto a se entender com Jader Barbalho no Pará, por exemplo? E com Maguito Vilela em Goiás?”

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O cardeal Richelieu tupiniquim identifica duas razões para que seu imaculado e ético PT se junte ao PMDB: “Em primeiro lugar, nenhum partido elegerá mais de 100 deputados federais. O PT, na Câmara dos Deputados, que soma 90 deputados, deverá ficar 20% menor. Portanto, para governar será preciso fazer alianças, mas alianças de verdade. Em segundo lugar, o DNA do PMDB é desenvolvimentista e nacionalista, muito parecido com o nosso”. Você percebeu como ele continua com, exatamente, o mesmo espírito negocista que tinha quando comandava a Casa Civil? E quando fala em DNA ele deve saber a que está referindo (DNA era o nome de uma das agências de publicidade de Marcos Valério, usada para fazer pagamentos do esquema de corrupção montado pelo PT para comprar apoio político de parlamentares e partidos para o governo Lula).

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José Dirceu ainda explicou porque não dá para conversar com o PSDB: “O PSDB não tem nada disso. Ele hoje expressa o pensamento e as posições dos setores mais conservadores da sociedade”. Quá, quá, quá.... E o Banco Central do governo Lula, o que é? Ultra progressista? E a política monetária do governo Lula, o que é? Não é o paroxismo da política econômica iniciada por Fernando Henrique Cardoso? Mas, o pior é que José Dirceu não fica nem corado... E ele continua. Aposta que o PMDB não realizará as prévias marcadas para escolher em 19 de março seu candidato à sucessão de Lula. É por isso que ele teve seu mandato cassado. Entretanto, se as prévias do PMDB acontecerem, José Dirceu ainda acha que será possível, até junho, obter o apoio do PMDB para Lula. Ah.... não há dúvida, ele sabe como é possível fazer isso..... Não foi assim que fez com o PL, em um hotel de Brasília, na eleição de Lula?!!!!

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Para ter o apoio do PMDB, chave para a vitória de Lula, José Dirceu acha que tudo vai depender de Lula: “Só dependerá de duas coisas, de Lula continuar crescendo nas pesquisas de intenção de voto e da competência dele e do PT para fechar a aliança. Uma vez que isso ocorra, o PT será obrigado a compartilhar a coordenação da campanha de Lula com o PMDB e com os demais partidos aliados. Se Lula atrair o apoio do PMDB, um terço de sua reeleição estará resolvida. E, para mim, nada é mais importante do que a reeleição de Lula. Nada”. Claro, não podia ser diferente....

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Agora, veja um claro exemplo da “genialidade” do Rasputin petista. Neste momento, ele está convencido de que o eleitorado nacional se distribui 40% a favor de Lula e outros 40% a favor de José Serra. E crê que a eleição será decidida no primeiro turno. Até porque não acredita que José Serra venha a ser o candidato do PSDB: “As elites preferem Geraldo Alckmin. Elas temem Serra. E até serão capazes de preferir Lula porque já o conhecem e sabem que ele é um caminho seguro”. É inacreditável, o cara se diz de esquerda e admite, na maior candidez, que Lula é o candidato que mais inspira confiança na direita... Dá para agüentar?!!!! E continua com sua genial peroração: “A Rede Globo, por exemplo, é contra o impeachment e a reeleição. Mas para evitar Serra, ela poderá ficar com Lula”. Coitados daqueles petistas de carteirinha que mantinham a bandeirinha do PT durante 365 dias do ano pendurada na janela do apartamento....

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Agora, José Dirceu faz questão de insistir que Lula é conservador, e faz uma salada político-sociológico-ideológica capaz de levar Karl Marx a se revirar na tumba: “Apesar de ser de esquerda, Lula é um político conservador por natureza. Eu, por exemplo, sou da esquerda moderada. Tem muitos radicais no PT. Mas Lula, não. Ele é conservador. E entre uma opção com risco e outra sem, ele sempre ficará com a segunda. É o jeito dele. Tem a ver com a origem social dele. Nos idos de 70, um metalúrgico do ABC paulista tinha uma casa na cidade, um pequeno sítio e um carro. Eu, que era da classe média, não tinha nada disso. Morava de aluguel. E o aluguel era pago por minha mulher”. É evidente o que José Dirceu está querendo, ele quer se transformar na grande liderança esquerdista do PT, em substituição a Lula.

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Por fim, José Dirceu chega ao ponto da corrupção. E aí, veja só, descobre-se que ele pensa igual ao Delúbio Soares. Para José Dirceu, e ao contrário do que pensa o PSDB, as denúncias de corrupção que atingiram o governo não pesarão tanto na próxima campanha: “Tem corrupção no governo? Tem, como em todo governo. Se eu quiser, amanhã mando prender 50 pessoas. Mas a corrupção não é uma política de governo e não é estimulada ou tolerada por ele”. Bem, José Dirceu está redondamente enganado. O povo está silencioso porque espera pelo dia 1º de outubro para dar o troco na urna.

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Apesar de pretender atrair o PMDB para uma aliança com o PT, José Dirceu tem um estranho modo de fazer, insultado Orestes Quércia. Vejam o seu raciocínio para demonstrar como o tema da corrupção não vai pegar na eleição presidencial: “Quando vejo o Quércia liderando as pesquisas para o governo de São Paulo, concluo que a questão ética não terá tanta importância assim. Lembro que, em 1992, derrubamos Fernando Collor, mas naquele mesmo ano Paulo Maluf se elegeu prefeito”. Não é um sociólogo genial mesmo? Esse é o cara que a esquerda brasileira incensou por tanto tempo....

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José Dirceu não é nada modesto. Para ele (aliás para o Grande Líder também), Lula faz o melhor governo que o País já teve desde o fim do regime militar, em 1985. Diz isso deliciando-se com um cálice de licor, no Piantella.... Ah.... como é doce ser revolucionário.... E continua: “O dólar barato empurra a inflação para baixo, aumenta a renda do trabalhador e barateia o preço da cesta básica. O povo sente tudo isso no seu próprio bolso. É por isso que Lula continua popular. A desdolarização da dívida pública foi a maior realização do governo Lula até aqui. Outros dois feitos, a redução da taxa de juros e a criação de empregos. O governo chegará ao fim deste ano tendo criado algo como cinco milhões de empregos na economia formal. Se somados aos empregos da economia informal, serão 10 milhões. Os brasileiros não terão dificuldade alguma para acreditar na promessa de Lula de que criará sete milhões de empregos em um eventual segundo mandato. Até 2010, a taxa de desemprego cairá para 4%, 4,5%. Os programas sociais darão conta dos desempregados”. Não é uma maravilha?!!!! O paraíso fica logo ali na virada da esquina....

JOSÉ DIRCEU REAPARECE COM POMPA EM BRASÍLIA, POSANDO DE GURU POLÍTICO EM ENTREVISTA PARA NOBLAT (11)

O “condottieri” petista José Dirceu acha governo Lula paga o preço, no mínimo, por dois formidáveis erros: “Subestimou a força da direita que pressionou fortemente a mídia contra Lula e o PT, e deixou o PT ao desamparo quando escalou 40 dos seus 50 principais dirigentes para cargos na administração pública. Deveria ter mobilizado a sua base social para se contrapor à pressão da direita. Eu mesmo deveria ter ficado à frente do PT. Assim poderia tê-lo levado a se opor a tudo com o que não concordávamos. Eu tinha o partido na mão. Poderia ter organizado uma resistência”. Esse é homem, que vive no paraíso, sustentado não se sabe como....

SAIBA QUEM É KAKAY, O AMIGO DE JOSÉ DIRCEU (1)


A revista Veja, há dois anos, em setembro de 2004, publicou matéria sob o título “O Resolvedor da República”, mostrando a história de sucesso do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, amigo de José Dirceu, um dos donos do restaurante Piantella. Diz o texto: “Em Brasília, quando a casa cai, o negócio é chamar o Kakay. É assim, com esse apelido que soa como nome de passarinho polinésio, que é conhecido o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro. Sócio do restaurante Piantella, freqüentado por personalidades dos três poderes, Kakay é petista e amigo do ministro José Dirceu, com quem passou as últimas férias em Cuba. Rico, ele não deixa que a ideologia atrapalhe os negócios e tem tanto sucesso atuando nos tribunais superiores que já mereceu o título de ‘resolvedor-geral da República’. Ao longo de sua carreira, Kakay, 46 anos bem conservados em ternos caros que ele veste com uma elegância típica, advogou algumas vezes para o PT, sua legenda de coração, mas também defendeu figurões do PFL, como Roseana Sarney, empreiteiras como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, e acusados de corrupção como o banqueiro Salvatore Cacciola e a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello. Ele próprio não se considera brilhante. É o primeiro a dizer que é ‘apenas um advogado competente’.

SAIBA QUEM É KAKAY, O AMIGO DE JOSÉ DIRCEU (2)

Continua a matéria de Veja sobre Kakay: “Colegas e clientes concordam com os dois julgamentos. Formado pela Universidade de Brasília, Kakay não tem mestrado, doutorado nem artigos acadêmicos publicados. Em compensação, teceu uma rede de relações sociais e profissionais com os nomes que contam na República. Ciente do valor das boas amizades, cultiva-as com afinco. Diz que jamais cobra honorários de amigos. Prefere sua gratidão. O senador Antonio Carlos Magalhães está entre as pessoas atendidas por ele. ‘Eu me sinto em dívida com o Kakay’, diz. O advogado, conta ACM, orientou-o quando, há três anos, foi acusado de violar o painel de votação do Senado. O sucesso de Kakay fez brotar uma série de explicações para seu desempenho jurídico. Ele desgosta, particularmente, de quem diz que sua qualidade profissional é saber usar o recurso do ‘embargo auricular’ – uma espécie de dispositivo jurídico ausente dos manuais de direito, mas de grande eficácia. Em resumo, a popular ‘conversa ao pé do ouvido’. Um ex-figurão do governo FHC é quem mais usa a expressão para definir o advogado Almeida Castro”.

SAIBA QUEM É KAKAY, O AMIGO DE JOSÉ DIRCEU (3)

Prossegue a reportagem de Veja sobre Kakay: “Com uma idade em que a maioria de seus pares ainda luta para se estabelecer entre os melhores, Kakay já produziu feitos notáveis. O mais recente foi ter conseguido receber 16 milhões de reais da Caixa Econômica Federal como pagamento por uma causa em que não atuou oficialmente, uma pendenga judicial que já durava 25 anos. O caso é complexo, mas pode ser resumido como se segue. A Funcef, fundo de previdência dos funcionários da instituição, alegava que a Caixa lhe devia 3,6 bilhões de reais. Em dezembro de 2002, ainda sob o governo Fernando Henrique Cardoso, o banco ofereceu à Funcef um acordo mediante o qual propunha a redução da dívida para 2,7 bilhões e pagamento à vista. Em abril de 2003, já com o PT na direção da Caixa e na presidência da Funcef, o acordo foi homologado sob protesto de funcionários. Embora os membros do conselho deliberativo da Funcef eleitos pelos funcionários tenham rejeitado o acordo, o voto de Minerva foi de seu presidente, indicado pelo banco. ‘A homologação judicial foi feita sem as consultas de praxe e aconteceu em tempo recorde’, reclama o advogado Eymard Loguércio, um dos representantes dos funcionários”. Isto lhe sugere alguma coisa com o que veio a ser conhecido depois a respeito da república petista?!!!

SAIBA QUEM É KAKAY, O AMIGO DE JOSÉ DIRCEU (4)

E ainda Veja sobre Kakay: “Mais inusitado do que a celeridade com que se resolveu uma briga de mais de duas décadas foi o que ocorreu em seguida. O advogado da Caixa, José Augusto Alckmin, recebeu, a título de honorários pelo acordo, uma bolada de 32 milhões de reais – e deu metade a Kakay. Oficialmente, ele nada teve a ver com o processo e seu nome não consta dos autos. O que o levou a merecer os 16 milhões? Ele diz que foi convidado em 1997 pelo então presidente da Caixa, Sérgio Cutolo, para assumir o caso. Como não é especialista em direito administrativo, indicou o colega Alckmin, que, por gratidão, resolveu dividir o dinheiro com ele. ‘Eu e Alckmin somos sócios informais. Temos um trato – nos casos que eu indico, dividimos os honorários’, explica o advogado. Cutolo diz não se lembrar de ter convidado Kakay para assumir a ação da Funcef. ‘Posso até tê-lo consultado, mas não o convidei’, afirma Cutolo.

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Conforme a reportagem da revista Veja, ..... “Kakay se define como ‘meio boêmio’ e diz que as pessoas perdoam tudo, ‘menos a felicidade dos outros’. Gosta de beber bons vinhos e de presentear os amigos com rótulos famosos. No Natal passado, ele deu a José Dirceu uma garrafa de Almaviva, um tinto poderoso feito pela vinícola chilena Concha y Toro em colaboração com a casa francesa Rothschild e que custa cerca de 400 reais a garrafa. Nascido em Patos de Minas, de onde saiu aos 19 anos, ele é casado pela terceira vez e tem dois filhos. Com pendor para a poesia e generoso, levou recentemente os parentes para passar as férias em Paris. Além da casa de 1.100 metros quadrados que está construindo à beira do Lago Sul, tem outra, no mesmo bairro, e um apartamento na Asa Sul. Ultimamente tem presenteado a si próprio. Deu-se uma lancha e um Mercedes preto – provas do sucesso de um advogado que, em passado não tão remoto, comparecia às audiências de terno jeans. Kakay gosta de lembrar alguns episódios desse período. Diz sempre que começou a carreira ajudando a reabrir casos como o do deputado federal Rubens Paiva, desaparecido no regime militar – embora a viúva de Paiva, Eunice, garanta nunca ter ouvido falar dele. ‘Tem sempre um advogado querendo explorar a memória do meu marido’, diz Eunice.

SAIBA QUEM É KAKAY, O AMIGO DE JOSÉ DIRCEU (6)

Kakay é devotado aos amigos. Recentemente, fechou o restaurante Parigi, em São Paulo, para João Carlos Di Genio, dono do Colégio Objetivo, e toda a sua comitiva. Em março, espera-se uma festa de arromba para a inauguração da nova casa do Lago, que, graças à moderna Ponte Juscelino Kubitschek, está a cinco minutos do Palácio do Planalto – que ele diz não freqüentar há seis meses”.

SAIBA QUEM É KAKAY, O AMIGO DE JOSÉ DIRCEU (7)

Kakay se declara (ou se declarava, na época da publicação da reportagem da revista Veja, em 2004, um "petista roxo", mas já naquele período ele dizia saber manter distância da ideologia. E não tem problema para aceitar clientes. Vai de banqueiros a pefelistas. Por exemplo, ajudou Roseana Sarney a reaver o 1,3 milhão de reais apreendido em 2002 pela Polícia Federal. Em pagamento, Kakay ganhou parte do sítio da família, o Pericumã. Também ajudou o senador Antonio Carlos Magalhães, acusado de quebrar o sigilo do painel de votação do Senado Federal. E foi ele quem libertou da prisão o banqueiro Salvatore Cacciola, que fugiu para a Itália e está foragido da Justiça brasileira até hoje.

BANCO CENTRAL ESTÁ INVESTIGANDO A CAIXA FEDERAL


Logo depois do carnaval, uma poderosa equipa do Departamento de Fiscalização do Banco Central vai dar partida em uma devassa na Caixa Econômica Federal, auditando todos os contratos e operações realizadas nos últimos cinco anos. Os problemas são muito graves, tão graves que, desde 2001, o Banco Central classifica a Caixa Federal na categoria de instituição "em evidência", ou seja, um alerta para casas bancárias que exigem "maior atenção" por estarem em desacordo com normas do sistema financeiro. Resumindo, é como se o banco entrasse para a UTI. Por enquanto, o diretor-presideente neo-trotskista da Caixa Econômica Federal, Jorge Matoso (muito amigo do argentino Felipe Belisario Wermus, marido de Marta Suplicy), pode ficar tranqüilo. O Banco Central ainda não considera que o caso seja de intervenção. Todo mundo sabia que essa gestão de Jorge Matoso ainda iria dar problema.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

SERRAGLIO DARANTE A DELCÍDIO, CPI DOS CORREIOS VAI TER DADOS DAS CONTAS DE DUDA MENDONÇA

O relator da CPI dos Correios, deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), que está nos Estados Unidos recolhendo informações sobre as contas bancárias do marqueteiro galista Duda Mendonça, comunicou ao presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), por telefone, que a viagem deu resultados. Após reunião com representantes do FinCEN (Financial Crimes Enforcement Network), Serraglio e seus colegas deputados federais Maurício Rands (PT-PE) e Eduardo Paes (PSDB-RJ), relatores-adjuntos, foram comunicados de que as informações serão encaminhadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, que compartilhará os documentos com a CPI.

O PRÓXIMO NA LISTA DE CASSAÇÃO A TER VOTADO O SEU PARECER É O DEPUTADO PETISTA JOSÉ MENTOR

O relatório sobre o deputado federal José Mentor (PT-SP) deve ser o próximo a ser lido no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. A fase de instrução do processo termina na próxima quinta-feira e a votação do relatório está marcada para o dia 14. Mentor já foi ouvido no Conselho e repetiu o que havia dito no dia 17 de janeiro, quando o depoimento teve de ser suspenso por conta das votações no plenário da Casa. Ele está na lista de cassação porque aparece na lista dos que receberam dinheiro das contas de Marcos Valério, no Banco Rural. Ele tem uma história redondinha sobre a razão porque recebeu esse dinheiro. Diz que foram dois cheques de R$ 60 mil, cada um, recebidos de Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério, por serviços jurídicos prestados a Tolentino. Não é mesmo uma enorme coincidência que ele tenha ido prestar “serviços jurídicos” logo para o escritório de Marcos Valério e seu sócio?!!!! E ele ainda espera que o Brasil inteiro acredite nessa incrível história. José Mentor é o mais perigoso de todos os que constam na lista de cassação. Ele é o deputado federal responsável pelo inglório fim da CPI do Banestado, da qual ele era relator, e que conseguiu terminar sem parecer final. José Mentor fez tudo para torpedear essa CPI, que investigava os desvios de recursos do Brasil para o Exterior, por meio de doleiros. Nessa CPI ele protegeu os bancos Rural e BMG.